Laura entrou, junto com sua irmã, sua melhor amiga e a uma das suas damas de companhia na Casa de Eventos Ellen Halden, uma das mais requisitadas e conceituadas agencias organizadora de casamentos de Nova York. Foi muito bem recebida por uma mulher baixinha e gordinha, que lhe fez algumas perguntas básicas sobre o evento e sobre o casal. Depois de alguma conversa, levou-as a uma sala onde encontrariam não a organizadora, mas o organizador Clarke Hanson.
– Um homem vai organizar meu casamento? – Laura falou, meio incrédula.
– Oh, não se preocupe! Clarke é um homem de extremo bom gosto, e é realmente muito requisitado aqui. Ele já foi capa de muitas revistas especializadas em eventos. – parou na frente da porta e bateu, abrindo logo em seguida – Olá, querido. Tenho uma noiva ansiosa para você.
Laura foi entrando na sala, e, para sua surpresa, o homem parado do outro lado da mesa, de terno alinhado, cabelo no lugar e barba feita era ninguém menos que seu melhor amigo de Belmont Manor, a pequena comunidade rural onde cresceu.
– Issac? – Laura disse, quase sem voz.
– Laura?
Os dois abraçaram-se e trocaram pequenas cortesias.
– Uau... Você, casando. Inimaginável.
As amigas de Laura riram, mas ela lhes lançou um falso olhar ofendido, antes de se render ao riso.
– Quer dizer... É ótimo ver você numa fase tão... extasiante da vida. – disse segurando suas mãos.
– Hm, mas pelo o que vejo, quem está numa fase extasiante da vida é você, Ike! – apontou as revistas estampando seu rosto simpático e masculino.
– É... só trabalho.
Issac sentou-se e indicou as cadeiras à sua frente para que elas sentassem também.
– Oh, deixe-me apresentá-los: essa é Ruby, uma das minhas damas de honra, Charlotte, minha amiga de longa data e madrinha, e Lauren, que você conheceu pequenina em Belmont.
Issac cumprimentou todas cordialmente.
– Desde quando você está em Nova York? – Laura disse, com uma expressão confusa
– Ah, há alguns bons anos... quanto tempo não nos falamos? Desde que você saiu de Belmont...devem fazer no mínimo oito anos.
Ficaram em silêncio encarando-se. Issac mantinha o sorriso no rosto, era como se fosse pregado.
– Então – falou sorrindo ainda mais – Já tem ideia de como vai ser?
Laura hesitou um pouco.
– Bem – disse sorrindo – Vamos fazer o casamento na fazenda dele...
Issac se levantou rapidamente.
– Vou pegar uns catálogos pra vocês darem uma olhadinha. Querem chá?
As três ficaram num silêncio perplexo, mas aceitaram. Assim, Issac virou-se e foi até uma mesa no canto da sala.
Todas as damas de honra de Laura amontoaram-se em cima dela:
– Oh Meu Deus! Ele é gay? – disse Charlotte como se fosse um grande desastre
– Ele definitivamente é gay! – disse Lauren
– Ele não pode ser gay! Não com uma bunda daquelas! – Ruby falou mordendo os lábios
– Gente, não sei, acho que não! – Laura tentou falar
As quatro olharam para Issac servindo chá.
– É gay. – Charlotte sentenciou jogando-se no sofá.
– Vamos ver. Vamos fazer o teste. – Ruby disse levantando uma sobrancelha e sorrindo maliciosamente.
Elas se entreolharam e em um silêncio coletivo aceitaram a proposta. Era hora do “Teste”. O teste era simples, rápido e infalível. Consistia em Ruby – a moça do silicone e lábios carnudos – ajustar o seu decote em uma latitude e longitude perfeitas de maneira que inevitavelmente os homens desviassem seus ávidos olhos para aqueles ubres bem cuidados e novos. Era infalível.
Issac vinha se aproximando, e todas estavam se preparando para o momento da verdade. Ruby sentou-se e arrumou-se. Issac começara a servir o chá de esquerda para a direita: primeiro Charlotte, depois Laura e Lauren e finalmente Ruby.
As quatro seguraram a respiração – menos Ruby que sorria maliciosamente.
Era o momento da verdade.
Alguns segundos servindo o chá e...
– Açúcar? Adoçante? Alguém? – ele disse, olhando para todas.
As quatro mulheres se entreolharam: ele nem notara os belos seios de Ruby!
– Açúcar? Adoçante? Alguém? – ele disse, olhando para todas.
As quatro mulheres se entreolharam: ele nem notara os belos seios de Ruby!